sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

A garota no mundo da lua



Você já teve a sensação de ler um livro e sentir todas as dores dos personagens? Ou assistir um filme e amar odiar um vilão? Você já se apaixonou pelo mocinho e esqueceu que ele fazia parte de uma história de mentirinha?
Esses dias me peguei pensando sobre isso. Como podem narrativas que nem são de verdade tocarem tão profundamente as pessoas? Como podem as ideias que só existiam na cabeça de alguém se conectarem com os nossos corações e fazerem com que nos sintamos parte desses universos paralelos?
A gente vive perdido nesse mundo de gente grande e ás vezes se pega chorando com um livro do Nicholas Sparks, gritando quando o Capitão América levanta o Mjölnir, rindo com alguma piada idiota de O Maluco no Pedaço e torcendo pra Elsa perder os medos e aprender a controlar seus poderes.
Talvez tudo isso aconteça porque não são meras histórias. Não são só contos de fadas. São reais. A ficção vive dentro de nós e tem o poder de nos levar além.
Além do despertador tocando de manhã cedo;
Além do pão com manteiga com café;
Além do ônibus cheio;
Além dos papéis voando no trabalho;
Além. Além. Além.
A ficção não é só um sonho. Ela queima dentro de nós todos os dias e completa as brechas que a rotina não consegue preencher. Nós fazemos com que ela exista.
Ela é real. Ela resiste. Ela transforma.

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