sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Incógnitas





Já parou pra pensar que a vida é como matemática? Eu sei que é uma coisa estranha pra se dizer, principalmente se assim como eu você não gosta de nada que venha da área de exatas. Mas, um dia desses eu estava conversando sobre isso com uma amiga e fez bastante sentido pra mim.
A gente pode pensar nas atividades básicas como os problemas normais que todo mundo tem. Se for assim, 2+2 é igual as brigas de família, 1-1 seriam as contas a serem pagas no fim do mês e 70x7 as pessoas que precisamos perdoar. Algumas contas se repetem nas vidas de todo mundo.
Tudo piora quando as incógnitas chegam. Aquele x ou y que a gente precisar encontrar e... fala sério? Quem foi que teve a ideia de misturar número e letra? Essas equações mais difíceis são os problemas mais específicos. É a ansiedade da madrugada que a Ana não consegue controlar, é o desemprego batendo na porta do André, é o filho problemático da dona Maria.
Todo mundo tem operações básicas e equações de segundo grau pra calcular, mas a grande questão aqui é a competência que cada pessoa tem pra resolver suas incógnitas. Enquanto o André sabe como funciona a fórmula de Bhaskara, dona Maria não sabe a diferença entre números naturais, inteiros, racionais e reais.
Não é sobre a questão matemática, é sobre como cada pessoa lida com ela. Às vezes as fórmulas mais simples são extremamente difíceis pra algumas pessoas e elas só não sabem por onde começar. A charada disso tudo é que você nunca vai saber os limites de conhecimento do outro.
Por isso, tenha paciência e seja solidário com as pessoas ao seu redor. Não julgue seu vizinho por não conseguir limpar a calçada ou seu colega de trabalho por não ter enviado o relatório, você não sabe a quantidade x’s que essa pessoa têm precisado encontrar.
Tenha empatia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário