Já parou pra pensar que a
vida é como matemática? Eu sei que é uma coisa estranha pra se dizer,
principalmente se assim como eu você não gosta de nada que venha da área de
exatas. Mas, um dia desses eu estava conversando sobre isso com uma amiga e fez
bastante sentido pra mim.
A gente pode pensar nas
atividades básicas como os problemas normais que todo mundo tem. Se for assim,
2+2 é igual as brigas de família, 1-1 seriam as contas a serem pagas no fim do
mês e 70x7 as pessoas que precisamos perdoar. Algumas contas se repetem nas
vidas de todo mundo.
Tudo piora quando as incógnitas
chegam. Aquele x ou y que a gente precisar encontrar e... fala sério? Quem foi
que teve a ideia de misturar número e letra? Essas equações mais difíceis são
os problemas mais específicos. É a ansiedade da madrugada que a Ana não
consegue controlar, é o desemprego batendo na porta do André, é o filho
problemático da dona Maria.
Todo mundo tem operações
básicas e equações de segundo grau pra calcular, mas a grande questão aqui é a
competência que cada pessoa tem pra resolver suas incógnitas. Enquanto o André sabe
como funciona a fórmula de Bhaskara, dona Maria não sabe a diferença entre
números naturais, inteiros, racionais e reais.
Não é sobre a questão matemática,
é sobre como cada pessoa lida com ela. Às vezes as fórmulas mais simples são extremamente
difíceis pra algumas pessoas e elas só não sabem por onde começar. A charada disso
tudo é que você nunca vai saber os limites de conhecimento do outro.
Por isso, tenha paciência
e seja solidário com as pessoas ao seu redor. Não julgue seu vizinho por não
conseguir limpar a calçada ou seu colega de trabalho por não ter enviado o relatório,
você não sabe a quantidade x’s que essa pessoa têm precisado encontrar.
Tenha empatia.
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